SÓ QUEM É SÉRIO ACEITA OBSERVADORES INDEPENDENTES

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terá Missão de Observação nas Eleições 2022 no Brasil. Além da CPLP foram convidadas outras instituições como OEA, Carter Center, Parlasul, Ifes e Uniore. Quanto às eleições em Angola é tudo mais pacífico pois, como nas anteriores, sabe-se quem ganha e porque margem mesmo antes da votação…

Em assembleia extraordinária virtual realizada hoje, a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) confirmou o envio de uma Missão de Observação Eleitoral para acompanhar as Eleições 2022 no Brasil.

A reunião contou com a participação dos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, da Comissão Nacional Eleitoral de Angola (sucursal do MPLA) e da Rede Eleitoral da CPLP, Manuel Pereira da Silva “Manico”, e dos órgãos eleitorais dos países que compõem a organização.

Também participaram representantes dos órgãos eleitorais de Cabo Verde, Maria do Rosário; de Guiné-Bissau, Npabi Cabi; de Portugal, José Sorento Barros; Moçambique, Carlos Matsinhe; e de São Tomé e Príncipe, Fernando Maquengo.

O convite para a CPLP participar como observadora das eleições brasileiras deste ano foi feito por Edson Fachin a Manuel Pereira da Silva no dia 12 de Abril, por meio de encontro virtual, sendo prontamente aceito para ser submetido à assembleia extraordinária da entidade. A assembleia definirá, a partir de agora, os detalhes da Missão de Observação Eleitoral no Brasil.

No encontro, Edson Fachin reforçou e agradeceu a aprovação do convite feito à Comunidade do envio de Missão de Observação Eleitoral para acompanhar o pleito de Outubro. O ministro informou os presidentes dos órgãos eleitorais da CPLP que as eleições brasileiras abrangem cerca de 150 milhões de votantes, 2 milhões de membros de secções eleitorais e 22 mil técnicos eleitorais na sua preparação.

“Para o TSE, a participação da CPLP como observadora das eleições brasileiras é realmente muito importante. Lembramos que temos como lema ‘paz e segurança nas eleições’”, disse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

O ministro aproveitou para informar que enviará um representante para compor a missão de observação eleitoral da Comunidade que irá acompanhar as eleições gerais em Angola, em Agosto de 2022. Comunicou, ainda, que o ministro Carlos Horbach participará do Seminário Internacional que discutirá temas eleitorais, que será realizado em Luanda em Junho deste ano.

Edson Fachin colocou o TSE à disposição dos integrantes da Rede Eleitoral da CPLP para prover, no que for possível, inclusive com recursos materiais e financeiros, os auxílios necessários para a vinda da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade ao Brasil.

Acompanharam o ministro brasileiro na reunião virtual desta quarta-feira o director da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal (EJE/TSE), ministro Carlos Horbach; o assessor-chefe de Assuntos Internacionais e Cerimonial, José Gilberto Scandiucci, e o assessor de Relações Internacionais, Tiago Beckert.

Ao falar no evento, o ministro Carlos Horbach afirmou ser uma alegria e uma honra para o TSE contar com uma Missão de Observação Eleitoral da CPLP nas eleições brasileiras. “Isso nos dá tranquilidade, pois significa uma chancela a todo o trabalho desenvolvido por nossa Justiça Eleitoral”, disse Horbach.

O contrário de Angola, já é uma tradição o TSE receber visitantes nacionais e internacionais para o acompanhamento das eleições, com o objectivo de demonstrar a total transparência, segurança e confiabilidade do sistema de votação brasileiro e de aumentar a troca de experiências e de cooperação entre instituições.

Desse modo, após acompanharem as eleições brasileiras, as entidades nacionais e organismos estrangeiros elaboram relatórios com os resultados obtidos pelas missões de observação. Esses documentos são divulgados ao público e enviados ao TSE, como contribuições voltadas para o aprimoramento do processo eleitoral.

Além do convite aceito pela CPLP, o TSE convidou para acompanharem as Eleições de 2022 a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Carter Center, o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes) e a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore).

As missões internacionais possibilitam um olhar de fora sobre o sistema eleitoral do país e têm como objectivo contribuir para aprimorar e ampliar a transparência e a integridade do processo eleitoral, bem como fortalecer a confiança pública nas eleições.

Entre as missões internacionais que já vieram ao Brasil, a Justiça Eleitoral recebeu, mais recentemente, a Missão de Observação Eleitoral da OEA, que acompanhou o pleito municipal de 2020.

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